Incorporadoras do Minha Casa, Minha Vida batem recorde de vendas no 2º trimestre de 2024

27 de julho de 2024

As incorporadoras listadas na Bolsa que atuam no programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) registraram recordes de vendas no segundo trimestre, impulsionadas por incentivos do governo federal e estadual. Cury, Direcional, MRV, e Plano & Plano destacaram-se com vendas de imóveis entre abril e junho, conforme prévias operacionais. A Tenda também expandiu suas vendas de forma significativa.

As cinco incorporadoras juntas somaram vendas líquidas de R$7,2 bilhões no segundo trimestre de 2024, um aumento de 33,4% em comparação ao mesmo período de 2023. Paralelamente, lançaram empreendimentos avaliados em R$7,1 bilhões, um crescimento de 31,8%. Ricardo Paixão, diretor financeiro da MRV&Co, destacou que o MCMV está em sua melhor fase devido às recentes medidas de incentivo. “O momento é muito bom. E vai ficar ainda melhor”, afirmou, referindo-se a melhorias em implementação.


Incentivos para Casa Própria

Desde meados de 2023, o governo federal aumentou o subsídio para aquisição de imóveis (de R$47,5 mil para R$55 mil), reduziu os juros para famílias de menor renda (para 4% a 4,25% ao ano) e elevou o teto de preços dos imóveis de R$265 mil para até R$350 mil. Além disso, o prazo de financiamento foi ampliado de 30 para 35 anos.

Recentemente, a alíquota do Regime Especial de Tributação (RET) para projetos da faixa 1 do MCMV foi reduzida de 4% para 1%, aumentando o interesse das construtoras. Outro benefício é o “FGTS Futuro”, que permite aos mutuários usar depósitos futuros do FGTS para pagar parcelas do financiamento.


Desempenho Regional e Expansão

A Moura Dubeux, atuante no Nordeste, também teve expansão nos lançamentos e vendas, conforme o presidente Diego Villar. “Foi o recorde de vendas para qualquer trimestre da história da companhia”, disse ele. A Eztec, mesmo com recuo nos lançamentos, cresceu em vendas. Analistas da XP apontam que a venda de unidades prontas e a redução do estoque podem aumentar o apetite para novos lançamentos.

Governos estaduais também ofereceram subsídios adicionais, como o Casa Paulista, em São Paulo, oferecendo subsídios de R$11 mil a R$16 mil; o Morar Bem, em Pernambuco, com R$20 mil; e o Casa Fácil, no Paraná. Esses programas ajudaram a aumentar as vendas, conforme analistas do Bradesco BBI.


Aumento de Preços

O crescimento das vendas ocorreu apesar da alta nos preços, o que deve aumentar a margem de lucro das empresas. O preço médio dos apartamentos da MRV foi de R$245 mil no segundo trimestre, um aumento de 9,6% em um ano. Na Cury, o valor foi de R$301,5 mil, alta de 8,3%; na Plano & Plano, R$235 mil, aumento de 8,5%; e na Tenda, R$212,1 mil, alta de 4,4%. A Direcional não divulgou esses dados. A Cury teve números operacionais “impressionantes”, conforme analistas do Santander, e a Tenda foi avaliada positivamente mesmo com um volume menor de lançamentos no trimestre.

A Direcional destacou-se pela combinação de crescimento com geração de caixa. “A Direcional apresentou números operacionais fortes, com uma velocidade de vendas consistente”, afirmaram analistas do BTG Pactual.

(Créditos: Estadão.)

Quem é Francisco Graciola, empresário que recebe o Prêmio Personalidade de Vendas da ADVB/SC

12 de julho de 2024

Nesta quinta-feira, 11 de julho, o cofundador e presidente do conselho da FG Empreendimentos, o empresário Francisco Graciola, recebe o prêmio Personalidade de Vendas ADVB/SC 2024. O evento será realizado no Ocean Place, centro de eventos do Grupo FG, em Balneário Camboriú. Simplicidade, humildade, ajuda ao próximo e o desejo por ir além. Essas são características genuínas e que definem o empresário Francisco Graciola. Olhar sereno e determinado, com estilo despojado, quem o encontra no dia a dia – seja em suas rotineiras caminhadas na praia ou nos caminhos centrais da cidade – no trajeto para seu escritório, não imagina sua trajetória de vida. Foi na roça que ele desenvolveu seu espírito empreendedor, foi na infância que a mente e a alma de Francisco começaram a se alimentar dos sentimentos mais genuínos de luta e de perseverança. Esses sentimentos o ajudaram a dar os seus primeiros grandes passos no mundo empreendedor. Seus cabelos brancos e o olhar sereno traduzem toda sua experiência, mas sua simplicidade e sorriso largo escondem toda sua superação.

Francisco Graciola, 72 anos, é o terceiro entre os 12 irmãos. Natural do interior de Gaspar, começou desde muito jovem no campo e foi neste mesmo campo, em um acidente, perdeu a visão de um dos olhos aos sete anos, mas nem assim se deixou abater. O espírito empreendedor é nato, intrínseco a sua existência. Aos 14 anos, atendendo ao convite de um tio, passou a exercer o ofício de barbeiro, ele foi o primeiro da família a abandonar o trabalho na roça, mas nunca deixou para traz sua história. Queria morar na cidade, crescer na vida e agarrou essa oportunidade com todas as suas forças. O jovem rapaz, perspicaz, com sua simpatia, logo conquistou muitos clientes e levou um a um de seus irmãos para seus negócios. Barbearia, lanchonete, ateliê de costura: a diversificação e a inovação sempre foram marcas de sua gestão.

O empresário é um grande visionário e tudo o que planejou ao longo de sua trajetória foi um sucesso. A construção civil sempre foi uma paixão. E ele sempre sonhou ir além. Queria transformar realidades, fazer a diferença na vida das famílias, ir atrás do inimaginável. Começou com pequenos prédios em Blumenau, isso em 1983, tijolo a tijolo, todo dinheiro das lanchonetes era reinvestido. Ia até São Paulo, com um caminhão emprestado, buscar o material para as obras. Descarregava, fazia massa, colocava a mão na massa. Tinha uma paixão por Balneário Camboriú, isso que naquela época a cidade não beirava a todo desenvolvimento que hoje a posiciona como o município com maior valorização econômica do país. Nos anos 80, quando surgiu a oportunidade de investir em um terreno em Balneário Camboriú. Então, em meados dos anos 90 foi projetado o primeiro prédio na cidade, com 14 andares, já na Avenida Atlântica.

Até 2001, Chico, e seu filho, o empresário Jean Graciola, com quem compartilha o dia a dia na gestão da empresa, se dividiam em outros empreendimentos, na administração dos negócios. Foi então que fundaram a FG Empreendimentos e passaram a focar em Balneário Camboriú, nos empreendimentos surpreendentemente diferentes e, também, com o objetivo de superar os limites. Atualmente, o Grupo conta hoje com mais de 60 empresas do setor da construção civil e incorporação, hotelaria, arquitetura, comunicação, serviços e entretenimento. Emprega, direta e indiretamente, mais de sete mil pessoas. A FG é responsável por oito dos 10 maiores prédios do país, auditada pela Ernst & Young, e desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de Santa Catarina. Em 2023, a FG registrou um VGV de R$ 1,28 bilhão, com margem de lucro líquido de 32%, um dos melhores resultados de sua história e do mercado da construção civil mundial. Conta com 15 obras em andamento e já entregou mais de 63 empreendimentos, conta com o maior landbank da região, com mais de três milhões e quinhentos mil metros quadrados de empreendimentos futuros, o que projeta mais de R$80 bilhões de VGV (Valor Geral de Vendas). A meta para 2024 é de R$ 2 Bilhões em VGV. "Esse reconhecimento é fruto de um trabalho em equipe, visando a valorização do nosso destino, o relacionamento intrínseco com nossos clientes e, acima de tudo, antecipando demandas e tendências. Me sinto extremamente lisonjeado em fazer parte do time de craques que contam com essa premiação." celebra Francisco Graciola, que atualmente conduz o conselho consultivo da companhia.

O presidente da FG, o empresário Jean Graciola, destaca que esse prêmio é a materialização de toda a dedicação de seu pai Francisco Graciola e que fortalece ainda mais o seu legado. "A companhia vem registrando números cada vez mais expressivos, que fomentam o desenvolvimento econômico, gerando emprego, renda e, acima de tudo, potencializam o destino Balneário Camboriú no país e no mundo. Para nós, como Família FG, é um orgulho fazermos parte desta história e podermos celebrar essa conquista." pontua. Chico é um empreendedor nato. "Para ele, um guardanapo e uma caneta se transformam rapidamente em negócio promissor. Esse é o seu DNA. Sua irreverência, sua visão de mundo ajudam até hoje na consolidação de toda a nossa história. Do campo para um potencial indústria da construção civil e que trabalha com o fomento dos sonhos, esse é caminho que levou o nosso ‘Chico’ ao prêmio Personalidade de Vendas." finaliza o empresário Jean Graciola.

Francisco Graciola faz questão de cumprimentar seus colaboradores, um a um, pelo nome. Tem orgulho em ser cofundador de uma das mais importantes empresas do segmento de incorporação e construção civil do país e potencializando a força da empresa familiar no país. Com espírito jovem, o empresário Francisco Graciola olha para o céu e já almeja voos mais altos. "Temos grandiosos projetos, que vão não apenas transformar o mercado da construção civil, mas criar um novo legado para toda a humanidade. Que venham os próximos anos para que possamos continuar investindo." finaliza.

(Créditos: FG Empreendimentos.)

Planejamento e segurança: manutenção de prédios antes e depois da obra

12 de julho de 2024

A construção de edifícios, sejam eles comerciais ou residenciais, deve seguir rigorosos critérios para garantir a segurança dos trabalhadores e a eficácia do projeto. No entanto, mesmo após a conclusão, é fundamental que os prédios passem por avaliações e manutenções contínuas. Para esclarecer essas etapas, conversamos com especialistas na área.

Durante a construção

Durante as obras, um gerenciamento de risco é implementado para evitar acidentes, tanto para os trabalhadores quanto para os futuros moradores, caso ocorra algum dano estrutural.

Após a conclusão da obra

Após a finalização do projeto, o edifício é submetido a vistorias do Corpo de Bombeiros e órgãos fiscalizadores. Alguns dos requisitos avaliados incluem:

- Estrutura do prédio;

- Condições das instalações elétricas e rede de esgoto;

- Presença de extintores de incêndio;

- Sinalização e saídas de emergência.

O projeto deve ser assinado por um engenheiro ou arquiteto registrado no Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) ou no Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA).

Segurança Pós-Habitação

José Antônio Armani Paschoal, engenheiro e especialista em segurança do trabalho e acidentalidade na construção civil, destaca a importância de seguir a norma regulamentadora que determina as condições necessárias para uso e habitação dos imóveis. “Após a construção, temos a segurança pós-habitação, por isso existe uma norma regulamentadora que direciona as condições de habitação, planos de manutenção preventiva e conservação desse edifício”, explica. Depois da liberação do alvará de habitação, a administradora responsável pelo edifício deve manter os protocolos de segurança. Em casos de acidentes devido à falta de manutenção, ela pode ser responsabilizada e penalizada.

Riscos de prédios mal conservados

Prédios mal conservados são facilmente identificados por profissionais da área. A falta de manutenção periódica compromete a integridade do edifício, podendo causar problemas como infiltrações, rachaduras, comprometimento de tubulações, rede de energia elétrica e até a estrutura do prédio. José Eduardo Cury Megid, engenheiro, enfatiza a importância da manutenção e, em alguns casos, da interdição do local para garantir a segurança dos moradores. “Normalmente, os sinais mais aparentes são marcas de vazamentos, fissuras e trincos nas paredes e vigas”, afirma. A partir desses indícios, é necessário contratar um profissional para elaborar laudos detalhados sobre as benfeitorias necessárias e uma planilha com a previsão dos serviços de manutenção.

Interdição do prédio

A interdição de um prédio pode ocorrer se os relatórios técnicos comprovarem a necessidade. A avaliação também pode ser realizada pela Defesa Civil. “Na engenharia, sempre existem boas soluções por ser uma ciência exata, mas em casos em que o laudo pede a interdição, com toda certeza ela será feita”, reforça José Eduardo Cury Megid.

Envelhecimento de prédios

A vida útil de uma edificação é, em média, de 50 anos. O uso prolongado do espaço provoca mudanças estruturais e envelhecimento, influenciados por fatores internos e externos. Manutenções regulares e um plano preventivo podem aumentar a durabilidade do prédio. José Antônio Armani Paschoal destaca que, ao longo desses 50 anos, mudanças no tecido urbano podem ocorrer devido ao progresso da cidade e transformação de funções, como de residencial para comercial. Os proprietários de apartamentos e salas comerciais devem colaborar com o processo de manutenção, realizando visitas regulares de eletricistas, encanadores, pedreiros e especialistas em construção civil. Márcia Gandolfi de Oliveira Camargo, moradora de apartamentos há 12 anos, nunca teve problemas com manutenção. “Morei durante muito tempo em São Paulo, Catanduva e hoje estou em Rio Preto, todos os prédios sempre foram seguros e sempre me senti segura”, conta a moradora.

(Créditos: G1.)