Aluguel desacelera em junho, mas acumula alta de 11% em 12 meses, segundo FipeZAP

O mercado de locação residencial brasileiro registrou um aumento médio de 0,51% nos preços em junho de 2025, segundo o Índice FipeZAP, que acompanha os valores em 36 cidades do país. Apesar do avanço, o resultado representa uma desaceleração em relação aos meses anteriores, indicando possível mudança no ritmo de alta.
Entre os tipos de imóveis analisados, unidades com três dormitórios tiveram a maior valorização no mês (+0,69%), enquanto os imóveis com dois dormitórios subiram em média 0,33%. Ao mesmo tempo, a inflação oficial (IPCA/IBGE) foi de 0,24%, e o IGP-M/FGV registrou uma deflação de -1,67%. Das 36 cidades monitoradas, 27 apresentaram aumento nos preços, incluindo 16 das 22 capitais.
Alta no semestre e no acumulado de 12 meses
No primeiro semestre de 2025, os aluguéis residenciais acumularam alta de 5,66%, superando tanto o IPCA (+2,99%) quanto o IGP-M (-0,94%). Das 35 cidades analisadas no período, 34 registraram elevação nos preços. Campo Grande liderou com +12,69%, seguida por Belém (+8,94%). Brasília foi a única capital com retração no valor dos aluguéis, com queda de -2,08%.
Já no acumulado dos últimos 12 meses, o índice registrou valorização média de 11,02%, bem acima da inflação oficial (IPCA +5,35%) e do IGP-M (+4,39%). Imóveis com um dormitório puxaram a média para cima (+11,91%), enquanto unidades com três dormitórios também tiveram aumento significativo (+10,70%). Belém (+19,85%) e Porto Alegre (+18,75%) foram as capitais com maior valorização no período.
Preços e rentabilidade
O preço médio de locação residencial em junho de 2025 foi de R$ 49,23 por metro quadrado. Imóveis com um dormitório registraram o maior valor médio (R$ 66,48/m²), enquanto os com três dormitórios tiveram o menor (R$ 41,98/m²). São Paulo manteve a liderança entre as capitais, com o metro quadrado mais caro do país (R$ 61,32/m²).
A rentabilidade média do aluguel residencial ficou em 5,93% ao ano, ligeiramente abaixo da média de aplicações financeiras. Imóveis com um dormitório ofereceram maior retorno (6,72% ao ano), enquanto unidades com quatro ou mais dormitórios apresentaram a menor rentabilidade (4,89% ao ano). Entre as capitais, Manaus se destacou, com rentabilidade de 8,44% ao ano — a mais alta do ranking.
Apesar da leve desaceleração mensal, o cenário segue positivo para proprietários e investidores em locação residencial, especialmente em cidades com forte valorização e alto retorno sobre o aluguel.
Informações cedidas por Grupo OLX