Manutenção da taxa de juros beneficia mercado imobiliário, afirma especialista

25 de junho de 2024

Nesta semana, o Banco Central decidiu manter a taxa de juros em 10,50% ao ano, encerrando um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023. Para Guilherme Gregori, CEO da Paes & Gregori, apesar de parecer algo negativo, especialmente para investidores ou compradores iniciantes, o resultado da reunião foi positivo para o mercado imobiliário. “Imóveis são ativos de longo prazo e, portanto, têm maior sensibilidade às taxas de juros de longo prazo”Gregori destaca que a decisão unânime do Banco Central, principalmente após os comentários do presidente Lula, reforça a confiança no comprometimento da instituição com o combate à inflação a longo prazo, o que pode levar à queda das taxas de juros de longo prazo, beneficiando o mercado imobiliário como um todo. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia (IBRE) da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Índice Geral do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R), baseado em dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (ABECIP), subiu 0,78% em maio. Embora tenha havido desaceleração em comparação a abril, quando registrou alta de 0,96%, a taxa interanual cresceu de 10,83% em abril para 11,24% em maio, a maior desde julho de 2023.

Outros indicadores do mercado imobiliário, como o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) e o Índice de Variação de Aluguéis Residenciais (Ivar), também mostraram aceleração, indicando um mercado aquecido nos setores de construção e locação residencial. Os preços dos aluguéis, medidos pelo Ivar, acumulam um aumento interanual de 9,45% até maio, acompanhando o movimento do IGMI-R, que avançou 11,24% no mesmo período. Esses índices contrastam com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que registrou alta de 3,93% até maio de 2024, em comparação a 3,69% no mês anterior.

“A recuperação observada no início de 2024 vem se confirmando como uma tendência positiva para o setor imobiliário, impulsionada pelos cortes acumulados na taxa Selic até maio de 2024. No entanto, a autoridade monetária ressalta que essa tendência precisará ser reavaliada, diante dos desafios que se acumulam no cenário doméstico e internacional. A evidência de um crescimento real no mercado imobiliário, em um período de inflação controlada, ressalta o potencial de investimento e a atratividade do setor. Este momento destaca a resiliência e o dinamismo do mercado imobiliário como um componente crucial da economia, capaz de se adaptar e prosperar mesmo diante de desafios macroeconômicos”, destaca o estudo.

Em maio, o mercado imobiliário registrou aceleração dos preços em apenas três das 10 cidades integrantes do IGMI-R. As cidades do Sudeste e Nordeste mostraram essa tendência, com Rio de Janeiro e Belo Horizonte no Sudeste (crescendo de 0,11% para 0,40% e de 1,96% para 2,86%, respectivamente), e Salvador no Nordeste (de 0,76% para 3,55%). A variação acumulada pelo IGMI-R nos primeiros cinco meses de 2024 foi de 6,06%, a maior taxa acumulada para o período desde 2020, evidenciando o aquecimento do setor imobiliário. Essa tendência foi observada em diversas cidades do país, incluindo Belo Horizonte (14,44%), Brasília (9,75%) e Salvador (9,38%).

(Créditos: Monitor Mercantil.)

Receita Federal passa a cobrar Imposto de Renda na troca de imóveis

07 de junho de 2024

A Receita Federal anunciou uma nova regra que impacta diretamente o setor imobiliário: a cobrança de Imposto de Renda (IR) sobre a permuta de imóveis. A mudança visa a tributação sobre o ganho de capital obtido nas trocas, equiparando a prática à venda tradicional de propriedades.

O que muda?

Antes da Mudança: Até então, a permuta de imóveis era isenta de IR, mesmo que houvesse diferença de valores entre os bens trocados.

Após a Mudança: Agora, a Receita Federal considera a diferença de valor na permuta como ganho de capital. Este valor será tributado com alíquotas variando entre 15% e 22,5%, dependendo do montante do ganho.

Exemplificação da nova regra

Se um contribuinte troca um imóvel avaliado em R$ 500 mil por outro de R$ 700 mil, a diferença de R$ 200 mil será considerada como ganho de capital e estará sujeita à tributação. Isso visa eliminar a brecha fiscal que permitia a não declaração de ganhos significativos em transações de permuta.

Impactos no mercado imobiliário

Especialistas do setor imobiliário preveem que essa mudança pode afetar negativamente o mercado de permutas, tornando essa modalidade de transação menos atrativa. Imobiliárias e corretores devem informar seus clientes sobre a nova regra para evitar surpresas desagradáveis no momento da declaração de imposto.

Opiniões divergentes

Críticos da Medida: Defensores do mercado imobiliário afirmam que a nova tributação pode desestimular as permutas, prejudicando a liquidez do setor e limitando opções de negociação para os proprietários.

Defensores da Medida: Por outro lado, defensores da mudança argumentam que a medida traz justiça fiscal, igualando a tributação das permutas às vendas normais de imóveis, o que pode aumentar a arrecadação e reduzir a sonegação fiscal.

Orientações fiscais

A Receita Federal recomenda que todos os envolvidos em transações de permuta consultem seus contadores ou advogados tributários para entenderem as implicações da nova regra e ajustarem suas estratégias de negociação conforme necessário. Essa mudança, já em vigor, representa um ajuste significativo na forma como transações imobiliárias são tratadas no Brasil, reforçando a necessidade de uma gestão fiscal mais rigorosa e informada por parte dos proprietários e profissionais do setor.

(Créditos: Valor.)

O maior prédio residencial do mundo será construído em Balneário Camboriú

27 de maio de 2024

No litoral norte de Santa Catarina, mais precisamente em Balneário Camboriú, está surgindo um novo ícone da arquitetura mundial: a Triumph Tower. Projetada para ultrapassar 509 metros de altura e composta por 154 andares, esta torre ambiciona conquistar o título de maior prédio residencial do mundo. Localizada na Barra Sul, a Triumph Tower é o mais recente empreendimento da FG Empreendimentos, em parceria com a Havan, do renomado empresário Luciano Hang.

Esta construtora, conhecida por seus projetos grandiosos, também é responsável pelo One Tower, atualmente o maior arranha-céu da América Latina, situado no mesmo local. Balneário Camboriú, reconhecida por suas hiper-construções, figura entre os três municípios mais verticalizados do Brasil. Segundo o Censo Demográfico de 2022, mais da metade de sua população reside em apartamentos. Esse cenário, aliado à imponência de seus edifícios, posiciona a cidade como um polo de destaque no panorama arquitetônico nacional. 

Com previsão de lançamento para o segundo semestre de 2024, a Triumph Tower promete transformar ainda mais o skyline da cidade, agregando sofisticação e modernidade à paisagem urbana. Porém, mais do que um marco arquitetônico, este empreendimento representa uma oportunidade única para investidores e profissionais do mercado imobiliário.

(Créditos: By Mercado Imobiliário.)